A temperatura corporal diz muito sobre o que está acontecendo com a nossa saúde. Normalmente, ela fica entre 36°C e 37,2°C, mas isso depende da idade, da hora do dia, e até de onde você mede.
Reconhecer essas variações ajuda bastante a perceber quando algo não está certo.
Variações pequenas nesse intervalo são super comuns, então nem sempre significam doença. Agora, se a temperatura foge muito do normal, aí sim pode ser sinal de infecção, febre ou até hipotermia.
Saber esses detalhes faz diferença na hora de decidir procurar um médico.
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Quais são os valores normais da temperatura corporal?
A temperatura muda dependendo do lugar onde é medida. Isso pode gerar pequenas diferenças nos valores considerados normais.
O corpo também passa por variações naturais ao longo do dia, o que influencia esses números.
Faixa de temperatura corporal normal por local de medição
Dá pra medir a temperatura em diferentes partes do corpo, e cada uma tem seu intervalo de normalidade.
- Axilar: entre 35,5°C e 37°C.
- Oral: entre 36°C e 37,4°C.
- Retal: entre 36°C e 37,5°C.
A retal costuma ser a mais alta, já que está perto dos órgãos internos. A axilar, por ser mais externa, tende a ser mais baixa.
Saber de onde veio a medição é essencial pra interpretar o resultado.
Diferença entre temperatura central e periférica
Temperatura central é aquela do interior do corpo, principalmente dos órgãos vitais.
Já a periférica é medida em áreas expostas, tipo a pele.
A central é mais estável e, normalmente, um pouco mais alta. Ela mostra melhor como o organismo está regulando o calor.
A periférica muda fácil com o clima ou outros fatores externos.
Por isso, termômetros que medem pelo reto, boca ou ouvido costumam ser mais confiáveis do que os de axila ou testa.
Variação da temperatura durante o dia
O corpo não mantém a mesma temperatura o tempo todo. De manhã, entre 4h e 6h, ela tende a ser mais baixa.
À tarde, entre 16h e 18h, geralmente atinge o pico.
Essa diferença pode ser de até 0,6°C e não indica necessariamente problema.
Uma temperatura que parece alta cedo pode ser normal mais tarde. Vale a pena ficar atento a esse padrão pra não se confundir.
Principais variações e fatores que influenciam a temperatura corporal
A temperatura muda por causa de vários fatores. Idade, atividade física, hormônios… tudo isso interfere nos valores normais.
Influência da idade e características individuais
A idade faz diferença. Bebês e crianças pequenas costumam ter temperatura mais alta, já que o sistema de regulação ainda está amadurecendo.
Idosos, por outro lado, podem ter valores mais baixos, o que complica um pouco na hora de identificar febre.
Além disso, coisas como metabolismo, saúde geral e até o peso entram na conta.
Metabolismo acelerado pode deixar a temperatura um pouco mais alta. Já doenças crônicas alteram a resposta térmica do corpo.
Impacto da atividade física e condição ambiental
Fazer exercício aumenta a temperatura, pelo menos por um tempo.
Durante o treino, o corpo esquenta por causa do metabolismo muscular, podendo subir até 1°C.
Depois, volta ao normal quando o calor é dissipado.
O ambiente também pesa bastante. Lugares muito quentes e úmidos dificultam a perda de calor, então a temperatura pode subir.
Em ambientes frios ou secos, o corpo perde calor mais rápido e a temperatura pode cair.
Efeitos do ciclo menstrual, gravidez e outras situações
Nas mulheres, o ciclo menstrual mexe com a temperatura. Depois da ovulação, ela pode subir de 0,3 a 0,5ºC, por conta da progesterona.
Essa mudança é natural e costuma durar até a menstruação chegar.
Na gravidez, a temperatura basal também sobe, geralmente cerca de 0,5ºC, por causa dos hormônios.
Estresse, remédios e infecções são outros fatores que podem mexer com a temperatura.
Quando a alteração da temperatura corporal é preocupante?
Mudanças na temperatura podem indicar problemas de saúde que precisam de atenção rápida.
Saber identificar os sinais é fundamental pra evitar complicações.
Febre: definição, causas e sintomas associados
Febre é quando a temperatura passa de 37,8 ºC. Geralmente, é causada por infecções, tipo vírus ou bactérias.
O corpo faz isso pra tentar combater os micro-organismos.
Os sintomas mais comuns são calafrios, suor, mal-estar, dor de cabeça e cansaço.
Se a temperatura chega a 39 ºC, pode aparecer confusão mental ou delírios. Acima de 40 ºC, há risco de convulsões.
Febre que dura muito, é muito alta ou vem com outros sintomas graves pede avaliação médica.
Em bebês menores de 3 meses, qualquer febre já é motivo pra correr pro médico.
Hipotermia: identificação, causas e riscos
Hipotermia acontece quando a temperatura cai abaixo de 35 ºC, o que prejudica o funcionamento dos órgãos.
Isso pode ser por exposição ao frio, uso de certos remédios, ou problemas médicos como insuficiência cardíaca.
Os sintomas incluem tremores, pele fria e pálida, confusão e cansaço extremo.
Nos casos mais graves, pode causar desmaio e até risco de morte.
Se a temperatura está muito baixa, procurar ajuda médica é urgente. Vale aquecer a pessoa e evitar movimentos bruscos.
Hipertermia: quando a temperatura fica excessivamente alta
Hipertermia é quando o corpo não consegue mais dissipar o calor, e a temperatura sobe além do que o centro regulador aguenta.
Isso pode acontecer por esforço físico intenso, calor extremo ou desidratação.
Temperaturas acima de 40 ºC são bem perigosas, podendo causar convulsões, danos cerebrais e até falência de órgãos.
Nessas situações, hidratar e buscar atendimento médico rápido faz toda a diferença.
Sinais de alerta para procurar atendimento médico
Procure um profissional se a temperatura:
- Passar de 39 ºC e vier com confusão mental, convulsão, vômitos que não param ou dor de cabeça forte.
- Vier acompanhada de manchas na pele, mudança de comportamento ou dificuldade pra respirar.
- Ficar abaixo de 35 ºC e causar fraqueza, sonolência ou pele gelada.
- Aparecer febre em bebês com menos de 3 meses—nessa idade, o risco de infecção grave é alto.
Nessas situações, rapidez no atendimento pode evitar problemas sérios.
Como medir e monitorar a temperatura corporal corretamente
Pra medir a temperatura direito, é preciso escolher o método certo, cuidar do termômetro e interpretar bem os resultados.
O local e o tipo de termômetro fazem diferença na confiança da medida.
Métodos de medição: axilar, oral, retal, timpânica e infravermelha
Cada jeito de medir tem seus prós e contras.
A axilar é fácil e não invasiva, mas não é tão precisa.
A oral costuma ser mais exata, mas pode ser influenciada por comida ou bebida recente.
A retal é a mais precisa, indicada pra bebês e crianças pequenas, só que é invasiva e exige cuidado extra com higiene.
O método timpânico, feito no ouvido, é rápido e prático, mas depende de colocar o aparelho do jeito certo.
Termômetros infravermelhos, que medem na testa, são ótimos pra triagens rápidas, mas podem ser afetados por suor ou vento.
Vale pesar conforto, segurança e precisão na hora de escolher.
Cuidados e orientações com termômetros
Manter o termômetro limpo é básico, sempre seguindo o que diz o fabricante.
Termômetros digitais e infravermelhos precisam de pilhas boas e, às vezes, calibração.
Antes de medir pela boca, espere pelo menos 15 minutos depois de comer ou beber algo quente ou gelado.
Na axila ou no reto, a posição do aparelho faz diferença no resultado.
Se for usar em mucosa ou pele, higiene é prioridade pra evitar contaminação.
Capas protetoras ou descartáveis são uma boa pra uso coletivo ou em hospital.
Interpretação dos resultados e registro
A temperatura corporal normal costuma variar entre 35,5ºC e 37ºC. Isso pode mudar um pouco ao longo do dia ou com diferentes níveis de atividade física.
Se a temperatura passar de 37,5ºC, já é considerado febre. Nesses casos, o ideal é ficar de olho e medir novamente depois de um tempo.
Agora, se o resultado for inferior a 35ºC, aí o sinal de alerta acende: pode ser hipotermia, e é importante procurar ajuda médica rápido.
Vale a pena anotar os valores, horários e até o método usado para medir. Isso facilita bastante na hora de acompanhar os sintomas e conversar com um profissional de saúde.
Fazer sempre a medição do mesmo jeito ajuda a comparar os resultados de forma mais confiável. Afinal, pequenas diferenças podem acontecer, mas consistência faz diferença no acompanhamento.