A tabela de reajuste do aluguel para 2025 já apresenta percentuais atualizados que variam conforme o índice utilizado no contrato: o IGP-M, o IPCA ou acordos com índices alternativos. Para contratos com vencimento a partir de agosto de 2025, os reajustes podem variar entre 2,8% e 6,1%.
O cenário é mais estável do que nos anos anteriores, mas exige atenção redobrada tanto de locadores quanto de inquilinos.
A escolha do índice certo, a interpretação da cláusula contratual e a possibilidade de negociação direta tornam o momento propício para decisões estratégicas que impactam o orçamento familiar ou o rendimento de quem aluga um imóvel.
Tópicos
- Veja os índices que compõem a tabela de reajuste para 2025
- Entenda como a tabela é montada e quem define os percentuais
- O que mudou em 2025: novas tendências da correção de aluguéis
- Como a tabela de reajuste é utilizada na prática
- Tabela de reajuste por mês de aniversário do contrato
- O impacto do índice escolhido no valor do aluguel
- Quem deve aplicar a tabela de reajuste e quando
- Cenário macroeconômico influencia diretamente a tabela de reajuste
- Tendências para contratos novos em 2025
- Como renegociar o índice de reajuste
- Posicionamento estratégico para plataformas de aluguel digital
- O que diz a legislação sobre a aplicação da tabela
- Erros comuns ao aplicar a tabela de reajuste
- Resumo executivo
- Conclusão: mais que uma tabela, um ponto de decisão estratégica
Veja os índices que compõem a tabela de reajuste para 2025

Índice de reajuste | Acumulado estimado para 12 meses | Aplicação comum |
IGP-M | 2,8% a 3,6% | Contratos antigos |
IPCA | 4,8% a 6,1% | Contratos novos e urbanos |
IVAR ou híbridos | 3,5% a 5,3% | Contratos flexíveis |
O reajuste é aplicado com base no índice acumulado nos 12 meses anteriores à data de aniversário do contrato. Se o contrato vence em agosto, por exemplo, o índice acumulado até julho será utilizado como referência.
Entenda como a tabela é montada e quem define os percentuais
O reajuste do aluguel é estabelecido de acordo com o índice de correção definido em contrato. Cada índice responde a um conjunto diferente de variáveis econômicas, e a tabela de reajuste para 2025 foi montada com base nas projeções atuais dos seguintes indicadores:
- IGP-M: sensível ao dólar, commodities e variações do atacado.
- IPCA: índice oficial de inflação ao consumidor, representa o custo de vida.
- IVAR ou índices híbridos: refletem diretamente a variação dos preços de aluguéis em grandes centros urbanos, usados por plataformas modernas e imobiliárias digitais.
O que mudou em 2025: novas tendências da correção de aluguéis
Com a estabilização dos principais índices econômicos, 2025 marca uma nova fase no mercado imobiliário. A aplicação dos reajustes de aluguel agora considera não só os percentuais, mas também a viabilidade econômica para manter contratos ativos e sustentáveis.
As principais mudanças em 2025 incluem:
- Redução na dependência exclusiva do IGP-M
- Adoção crescente de cláusulas com IPCA ou percentuais fixos
- Entrada de índices híbridos ou personalizados com base no mercado local
- Negociações individuais baseadas na renda do inquilino ou vacância do imóvel
Como a tabela de reajuste é utilizada na prática
Fórmula padrão:
Novo aluguel=Aluguel atual×(1+ıˊndice de reajuste100)\text{Novo aluguel} = \text{Aluguel atual} \times (1 + \frac{\text{índice de reajuste}}{100})
Exemplo prático 1: contrato com IGP-M de 3,2%
- Aluguel atual: R$ 1.800
- Reajuste: R$ 1.800 × 1,032 = R$ 1.857,60
Exemplo prático 2: contrato com IPCA de 5,4%
- Aluguel atual: R$ 2.100
- Reajuste: R$ 2.100 × 1,054 = R$ 2.213,40
Tabela de reajuste por mês de aniversário do contrato
Para facilitar o acompanhamento, veja abaixo uma simulação com os percentuais médios estimados por índice até o final de 2025.
Mês de aniversário | IGP-M (%) | IPCA (%) | Índice alternativo (%) |
Janeiro | 3,2 | 5,8 | 4,6 |
Fevereiro | 3,4 | 5,7 | 4,8 |
Março | 3,5 | 5,6 | 4,9 |
Abril | 3,4 | 5,5 | 4,7 |
Maio | 3,3 | 5,4 | 4,6 |
Junho | 3,1 | 5,3 | 4,5 |
Julho | 2,9 | 5,2 | 4,4 |
Agosto | 2,8 | 5,0 | 4,3 |
Setembro | 2,9 | 4,9 | 4,1 |
Outubro | 3,0 | 4,8 | 4,0 |
Novembro | 3,1 | 4,9 | 4,2 |
Dezembro | 3,3 | 5,1 | 4,3 |
Observação: os valores acima são estimativas e devem ser atualizados conforme as divulgações mensais dos índices.
O impacto do índice escolhido no valor do aluguel
Índice | Aluguel atual | Reajuste (%) | Novo aluguel | Diferença anual |
IGP-M | R$ 2.000 | 3,0% | R$ 2.060 | R$ 720,00 |
IPCA | R$ 2.000 | 5,6% | R$ 2.112 | R$ 1.344,00 |
Híbrido | R$ 2.000 | 4,4% | R$ 2.088 | R$ 1.056,00 |
Essa diferença pode parecer pequena mês a mês, mas ao longo do ano representa valores significativos para ambos os lados.
Quem deve aplicar a tabela de reajuste e quando
O reajuste só pode ser aplicado após o aniversário de 12 meses do contrato, e deve seguir o índice definido em cláusula contratual. A aplicação do reajuste é automática se prevista no contrato, mas sua execução pode ser negociada.
Regras principais:
- Locador: deve comunicar o reajuste com antecedência mínima de 30 dias
- Locatário: pode aceitar, recusar ou propor contraproposta
- Ambos: podem substituir o índice original por outro mais justo ou conveniente
Cenário macroeconômico influencia diretamente a tabela de reajuste
O comportamento dos índices utilizados na tabela de reajuste em 2025 é reflexo direto do ambiente econômico. Alguns fatores decisivos:
- Redução do ritmo inflacionário nos setores de alimentação e energia
- Câmbio estabilizado e commodities com menor pressão
- Política monetária com taxa básica de juros estabilizada
- Reação do mercado de trabalho: empregos formais e aumento do poder de compra
Esses vetores reduzem as pressões inflacionárias e permitem que os reajustes permaneçam moderados.
Tendências para contratos novos em 2025
Em contratos firmados em 2025, observa-se a adoção de cláusulas mais flexíveis e realistas.
As principais novidades:
- Substituição do IGP-M por IPCA como índice padrão
- Inclusão de cláusulas com tetos máximos de reajuste
- Acordos de correção bianual com revisão em vez de reajuste automático
- Flexibilização em caso de perda de renda do inquilino
Como renegociar o índice de reajuste
Para inquilinos:
- Solicite reunião com antecedência
- Leve comparativos de mercado
- Apresente sua pontualidade nos pagamentos
- Mostre o impacto do reajuste em seu orçamento
Para locadores:
- Analise o tempo de vacância média da região
- Avalie a estabilidade do atual inquilino
- Considere oferecer desconto com fidelização
- Atualize o contrato com cláusula de flexibilidade futura
Posicionamento estratégico para plataformas de aluguel digital
As plataformas imobiliárias digitais estão cada vez mais influenciando o mercado tradicional. Em 2025, essas plataformas:
- Oferecem contratos com reajuste híbrido personalizado
- Automatizam o cálculo da tabela de reajuste
- Permitem negociações diretas com histórico de pagamento
- Implementam modelos de previsão dinâmica de índice
Essa movimentação força o setor tradicional a modernizar seus contratos e atender melhor as duas pontas do negócio.
O que diz a legislação sobre a aplicação da tabela
A Lei do Inquilinato (Lei 8.245/91) determina que:
- O reajuste é permitido apenas após 12 meses de contrato
- O índice deve ser aquele estipulado em cláusula contratual
- Qualquer alteração deve ser feita com consentimento das partes
- A falta de reajuste não invalida o contrato, mas pode ser questionada futuramente
Erros comuns ao aplicar a tabela de reajuste
- Aplicar o reajuste com base em índice diferente do contratado
- Fazer correção antes do mês de aniversário do contrato
- Reajustar contrato com menos de 12 meses de vigência
- Não comunicar oficialmente o novo valor ao inquilino
- Ignorar a possibilidade de negociação ou mediação
Resumo executivo
Tópico | Informação-chave |
Percentual médio em 2025 | Entre 2,8% e 6,1% |
Índices mais usados | IPCA, IGP-M, híbridos regionais |
Aplicação do reajuste | Após 12 meses de contrato, respeitando o índice original |
Oportunidade de negociação | Alta, especialmente em grandes cidades com oferta abundante |
Tendência nos novos contratos | Cláusulas flexíveis, IPCA predominante e teto máximo negociado |
Conclusão: mais que uma tabela, um ponto de decisão estratégica
A tabela de reajuste do aluguel para 2025 traz não apenas percentuais. Ela reflete o novo momento do mercado de locação brasileiro, mais maduro, mais competitivo e mais atento às realidades econômicas dos dois lados da relação contratual.
Entender os índices, monitorar as tendências e, sobretudo, agir com estratégia e diálogo, será a diferença entre manter contratos sustentáveis ou enfrentar rupturas desnecessárias.
O reajuste pode ser inevitável, mas seu impacto é sempre negociável.